Manifesto pelos sonhos

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Pelo tratamento digno às pessoas usuárias de drogas. Pelo fim das comunidades terapêuticas e da internação compulsória. Pela não criminalização da pobreza. Pela Redução de Danos. Pelos Direitos Humanos. Que haja cuidado, e não julgamento.

Pela despatologização das identidades trans*. Por uma visão de gênero social, e não biomédica. Pela conscientização de que identidade não é transtorno ou doença. Que se dê todos os ouvidos e visibilidade possível às pessoas trans*.

Pela manifestação livre do amor e da sexualidade. Que nenhuma orientação sexual seja alvo de fundamentalistas religiosos e/ou visões patologizantes. Que nenhum profissional venda a “cura”, quando na verdade as fontes de sofrimento são outras.

Pela não medicalização da educação e da infância. Por uma escola mais inclusiva e métodos educacionais mais libertários. Pela responsabilização de toda a sociedade. Pelo fim da meritocracia. Que todas as individualidades sejam abarcadas.

Pela luta contra o preconceito. Que ninguém seja discriminado por ser considerado desajustado. Que toda loucura seja respeitada.

Pelo acesso da população ao atendimento digno em saúde mental. Pelos CAPS, pelas UBS, pelas residências terapêuticas, por equipes interdisciplinares que respeitem os fundamentos do SUS e a Reforma Psiquiátrica. Que haja democracia.

Pelo fim da criação desenfreada de novos transtornos nos manuais médicos. Que nenhuma subjetividade se submeta a normas. Que a vida não necessite ser diagnosticada.

Por Franco Basaglia e Nise da Silveira, que acreditaram em TODOS os sonhos.

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